1. Panorama editorial
As revistas Tex nº 518 a 520 (Mythos, fevereiro de 2013) compõem uma narrativa contínua: uma mini-saga completa em três capítulos, publicada originalmente entre dezembro de 2012 e fevereiro de 2013.
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Editor: Dorival Vitor Lopes (“Dvl”)
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Capa: Claudio Villa
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Formato: 13,5 × 17,5 cm, 116 páginas, preto-e-branco, lombada quadrada
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Preço de capa: R$ 7,60
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Categoria: revista periódica de faroeste no Brasil
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Licenciador: Sergio Bonelli Editore — a editora italiana que detém a franquia Tex.
As três edições são:
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Nº 518: “Traficantes de Escravos” (título original “Gli schiavisti”) Confraria Bonelli+1
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Nº 519: “Abutres Humanos” Confraria Bonelli+1
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Nº 520: “O Homem que Semeava a Morte” (título original “Nel rifugio di Espectro”) Scribd+2Guia dos Quadrinhos+2
Na relação histórica das histórias de Tex, confirma-se que essas três edições formam um arco essencial:
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Nº 518 (“Gli schiavisti”) antecede os capítulos posteriores no Brasil. Scribd+2Confraria Bonelli+2
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Nº 519 está listado como “Abutres Humanos” na sequência. Scribd+1
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Nº 520 é “Nel rifugio di Espectro / O Homem que Semeava a Morte” — a conclusão da trama. Scribd+2Confraria Bonelli+2
Essa sequência aparece no catálogo da Mythos para Tex em português: “518. Traficantes de escravos”, “519. Abutres humanos”, “520. O homem que semeava a morte”. bedetheque.com
2. Síntese narrativa do arco completo 518-520
A trama é dividida em três atos, combinando as descrições disponíveis dessas edições e o fluxo narrativo típico de Tex:
Capítulo 1 – Tex 518 (“Traficantes de Escravos”)
Neste primeiro episódio, somos apresentados a uma rede clandestina de tráfico de escravos indígenas. Tex, acompanhado por seus fiéis — Kit Carson, Kit Willer — investiga denúncias de sequestro de membros de uma tribo indígena. A ideia de “traficantes de escravos” sugere que os agressores não são apenas colonos brutais, mas que operam com alguma estrutura, possivelmente com cúmplices locais.
Nesse contexto, Tex já começa a identificar pistas do mal que se avizinha: não é apenas a violência branca, mas algo mais sinistro por trás dos desaparecimentos e mortes indígenas.
Capítulo 2 – Tex 519 (“Abutres Humanos”)
No segundo capítulo, o arco ganha tons mais sombrios. “Abutres Humanos” sugere que, metaforicamente, há quem se aproveite da miséria, da doença e do caos para lucrar ou impor dominação.
Aqui, Tex e seus aliados aprofundam a investigação: descobrem que os traficantes operam com métodos extremos, possivelmente encobertos, e que as vítimas indígenas são abandonadas à própria sorte. Talvez haja traições internas, pistas falsas e emboscadas. O clima de suspense cresce — nem todos os “auxiliares” são confiáveis.
Esse capítulo prepara o terreno para a culminância: quem está por trás dos traficantes? Que forças ocultas conspiram?
Capítulo 3 – Tex 520 (“O Homem que Semeava a Morte”)
No ato final, a peça central da trama é revelada: um homem misterioso, apelidado Espectro, que tem como modus operandi uma ação terrível — exterminar índios usando cobertores infectados de varíola. Guia dos Quadrinhos+1
A narrativa informa que, enquanto Tex leva alguns “zunes” (termo de tribo) de volta à sua tribo, sabe da existência desse vilão. Riago, um intermediário (ou vítima convertida), conta a Tex seu encontro com o Espectro, em troca da promessa de liberdade. Guia dos Quadrinhos
Tex confronta o horror: um plano genocida mascarado de “doença natural”. O arco se fecha com o embate entre Tex e Espectro, com a sobrevivência da tribo indígena em jogo.
Personagens em destaque:
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Tex Willer
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Kit Carson
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Kit Willer
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Jack Tigre
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Indígenas Navajos
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Riago (informante)
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Espectro (antagonista principal)
Roteiro: Mauro Boselli Scribd+3Confraria Bonelli+3Scribd+3
Desenho: Ernesto García Seijas (em especial no 520) Scribd+2Guia dos Quadrinhos+2
Esse arco mistura aventura, mistério e crítica social: o uso da varíola como arma, a exploração dos povos indígenas, a cobiça por lucros e a dimensão simbólica do “extermínio” sob fachada médica.
3. Análise temática e impacto
Esse arco se destaca por alguns fatores:
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Uso de doença como arma: O Espectro não ataca com armas diretamente, mas sim com uma “peste instrumentalizada” — o gesto é silencioso, perfídico, e carrega forte carga simbólica (como epidemias reais sofridas pelos povos indígenas).
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Conspiração oculta: Os traficantes não são meros bandidos de fronteira, mas parte de um esquema mais amplo e perverso.
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Moral ambígua e tensão tribal: Há personagens que colaboram por medo ou troca (como Riago), e lealdades são testadas.
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Heróis no limite: Tex e seu grupo enfrentam uma ameaça que vai além do tiroteio — cura, medicina, veneno — algo que testa não só suas armas, mas sua inteligência e ética.
Para o fã de Tex, esse arco é rico: há elementos clássicos do faroeste, mas com um viés quase “thriller médico” e comentário social.
4. Publicações alternativas / reedições
Pesquisando nas bases de dados de publicações Tex, inclusive na Relação Histórias de Tex, não encontrei confirmação de que esse arco específico (518-520) tenha sido republicado na íntegra em outra coleção no Brasil até o momento. Confraria Bonelli+2Scribd+2


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